sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

Hoje foi dia de O Pianista.



A história da sobrevivência do pianista Wladyslaw Szpilman (numa interpretação sutil mas primorosa do vencedor do Oscar Adrien Brody) durante a 2ª Guerra Mundial é mostrada com realismo e maestria por Roman Polanski.

A maioria das cenas violentas são vistas pelo ponto de vista de Szpilman, independente de ele estar dentro de um prédio, fugindo dos nazistas novamente, ou trocando de casa (o que ele faz durante o filme todo). Independente disso, o que Szpilman quer mesmo é tocar seu piano. Sua paixão pela música pode ser notada logo na cena inicial, quando a rádio onde ele está tocando começa a ser bombardeada e ele continua a tocar enquanto pode. Toda sua batalha pela sobrevivência é permeada pela sua paixão pela música - ele toca até quando não tem piano pra tocar. E isso é o que guia a vida dele dali pra frente.


A família do pianista Wladyslaw Szpilman, interpretado por Adrien Brody

E todo o realismo, a pecha de vilão dada à grande maioria dos nazistas (o que não deixa de ser algo realista, também...), se deve ao fato de que Szpilman existiu, e escreveu um livro, no qual o filme é baseado. Do mesmo modo, o diretor Roman Polanski viveu naquela época, e passou por quase tudo que se passa na tela. Ou seja, ele tem fundamentação nos seus argumentos, sabe do que está tratando. E trata brilhantemente.


Roman Polanski num dos realistas sets do filme

Por isso tudo, o filme consegue ser emocionar sem apelar e passar sua mensagem, mostrando que o apego por algo (e uma PUTA duma sorte) pode ajudar a transpassar quaisquer barreiras. Até uma guerra.

Nota (de 0 a 5): 4

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