sexta-feira, 22 de abril de 2005

Show do PLACEBO em Floripa!

Bom, depois de uma pizza com o nopeiro Saimon e o casal de redistas Iuri e Regiane, chegamos mais ou menos uma hora adiantados. O pessoal bebia, ouvíamos música, o Saimon quase perdeu o ingresso, etc, etc. Enfrentamos uma leve fila e entramos na metade do show de uma das bandas concorrentes, a Terminal Guadalupe, que era bem mais ou menos. Eles devem ter sido a segunda banda, por que depois vieram as cinco músicas da Pipodélica, já consagrada no circuito underground. Showzinho legal, divertido, simples, mandou bem o recado.

Aí veio uma das atrações menos esperadas da noite. Uma banda chamada Spiegel chegou dizendo algo como "agora é nóis" e distribuindo algo pra galera. Começaram errado. Mas o pior mesmo foi quando começaram a tocar. Um som sub-Charlie Brown Jr., sub-John Balla Jones (quem conhece sabe), nu metal, é nóis da favela e o diabo a quatro. Já dá pra ter uma idéia. Suponho eu que em um dado momento a galera indie começou a vaiar a banda ou coisa assim (com razão) e, no clímax do show, o mano vocalista disse algo como "não temos nada contra o rock, mas esses roqueiros filhinhos de papai tem que chupar o meu saco". Aí foi. Dá-lhe garrafadas, vaias, algumas dezenas de dedos do meio erguidos ao palco (e à platéia também), e o show da Spiegel acaba pela metade sob gritos de "filha da puta! Filha da puta!". Essa história ainda não acabou, prestenção.

Qualquer coisa que viesse depois da Spiegel seria bom. Ainda assim, a Los Diaños chegou com a humildade e a criatividade que faltaram à supracitada banda e tocou sua jovem guarda/surf music bizarra ovacionados pela indiezada merecidamente. O som da banda é divertido e os caras também. Potencialmente a melhor banda disputando.

E eis que, depois de algum tempo de espera, surge o aguardado Placebo no palco. Começaram com as mais rápidas e famosas, Taste In Men, The Bitter End e Every You Every Me, passaram pelas mais baladas (grande maioria do repertório da banda) em seguida; e assim foi, com o vocalista Brian Molko dando umas escorregadas homossexuais de vez em quando, o baixista/guitarrista nas horas vagas Stefan Olsdal se divertindo e o Steve Hewitt mandando bem na bateria.

Foi um show à altura da qualidade da banda. Não revoluciona, não foi o show de uma vida, mas conseguiu embalar o pessoal e fez cantar junto, bater palminhas, balançar os braços e etc. Só faltaram os isqueiros. A voz do Molko é realmente muito boa, surpreendente para um show ao vivo (a gente dá um desconto pro tropeço na letra de Pure Morning. A microfonia estava lá, no momento certo, assim como os efeitos de teclado e tudo o mais. Foi tudo redondinho, tudo como o esperado. Não decepcionou.

E depois do bis com músicas mais lentas e um final mezzo-apoteótico/mezzo-calabresa, os caras divulgaram a grande banda vencedora do concurso em Floripa.

Foi a Spiegel.

Não existe justiça mesmo.

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