sábado, 29 de julho de 2006

Ué, é quase data do aniversário do Blog e ninguém avisa?

Pra relembrar os velhos tempos (às vezes, por que não?), aí vai o primeiro episódio do Apartamento 305, na íntegra, sem cortes, mais ou menos do jeito que foi ao ar, lá pelos idos de agosto de 2000 (caralho, mais antigo do que eu imaginava. Isso deve estar errado).



Episódio de hoje:
Encontros e... Desencontros?


EXT. CIDADE GRANDE- TARDE
A câmera mostra um prédio de frente. Ela desce e mostra a porta de entrada principal do prédio, onde se pode ler em letras douradas: "Edifício Gemellaggio". Um carro azul para diante da tela, pela direita. Da porta do motorista, sai um homem loiro e com terno azul.

HOMEM LOIRO (sorridente)-
Bem, caro colega, chegamos! Este é o prédio em que você vai morar daqui pra frente, meu caro... meu caro...

Da porta do caroneiro, sai um homem com aparentes 29 anos, cavanhaque e rabo de cavalo no cabelo, castanho.

HOMEM DE CAVANHAQUE-
Ramon, Sidnei... Ramon Pedrozo, mas pode chamar só de Mon.

SIDNEI-
Certo, Mon! Então, o que está achando do prédio? Bonito, não?

MON (desanimado)-
Ô... arrasou...

SIDNEI-
Ora, Mon! Anime-se! Você sabe que eu sou o melhor corretor de imóveis de Urussanga!

MON-
Eu sei, eu sei...

Sidnei pega algumas malas, que estavam no porta-malas do carro.

SIDNEI-
Deixe que eu levo suas malas, meu caro! Vamos, o apartamento é o número 305.

MON-
Certo...

INT. EDIFÍCIO GEMELLAGGIO-
Mon e Sidnei estão entrando. O porteiro se levanta.

PORTEIRO-
Sim, o que querem?

SIDNEI-
Bom dia, Lindomar!

LINDOMAR (PORTEIRO)-
Então, conseguiu vende aquela porcaria do nº 305?

Sidnei olha para Mon.

SIDNEI (sem jeito)-
Hã... consegui, sim. Me dê a chave.

LINDOMAR-
Ahn... bem...

Lindomar fica parado.

SIDNEI-
Então... cadê a chave?

LINDOMAR-
O cachorro comeu e vomitou ela na privada...

SIDNEI-
T-tudo bem... eu tenho a minha aqui... obrigado pela ajuda!

LINDOMAR-
Não tem por onde!

INT. CORREDOR- 3º ANDAR-
Eles estão chegando na porta do apto. 305.

MON-
Então... esse apartamento 305 já é mobiliado, né?

SIDNEI-
Claro! Totalmente! Então, caro Mon...

Sidnei pega as chaves e abre a porta.

INT. APTO. 305-

SIDNEI (com um braço levantado, mostrando o apartamento)-
Chegamos!! Seja bem-vindo à sua nova casa!!

O apartamento está completamente vazio, exceto por um sofá e uma estante.

MON-
Ele não estava totalmente mobiliado?

SIDNEI-
Totalmente... mas não completamente. Hã, vamos, vamos pegar os restos das coisas no carro.

Sidnei sai e Mon fica observando o apartamento, desanimado.

MON-
Aiai...

CORTA PARA

EXT. CIDADE- FRENTE A UMA CASA- TARDE
Vê-se uma casa convencional, com apenas um andar. A porta da frente se abre. De lá, sai um homem de meia idade, com cabelos grisalho e alto, empunhando algumas malas. Depois, sai uma jovem com 20 anos e cabelo loiro e longo.

HOMEM DE MEIA IDADE-
Vamos logo, Kátia!! A universidade a espera!

KÁTIA (jovem loira)-
Eu sei, papai! Espera aí...

Depois dela, sai uma mulher gorda e com cabelo loiro. Kátia lhe dá um beijo no rosto.

KÁTIA-
Tchau, mãe...

MÃE-
Tchau, minha filhinha... está levando tudo o que eu disse?

KÁTIA-
Estou sim, mamãe... as coisas estão todas em cima do bagageiro do carro.

A câmera vira para a calçada e mostra um carro azul e pequeno, mas com uma geladeira EM PÉ no bagageiro, e o pai de Kátia colocando as malas no banco de trás.

MÃE-
Ainda bem que seu pai desmontou o seu guarda-roupa.

KÁTIA-
É... bom, até mais ver!

MÃE (chorando)-
Até mais... chuif...

O pai de Kátia se aproxima.

PAI-
Tudo pronto. Podemos ir pra rodoviária agora. Vamos?

KÁTIA-
Vamos, pai...

Os dois entram no carro, e a mãe faz sinal de “tchau” com a mão esquerda. A câmera enquadra apenas o carro, de lado. Ouve-se o som do carro ligando e acelerando. Kátia continua dando tchau para sua mãe, que não aparece na imagem. De repente, o carro anda alguns centímetros e cai para trás, devido ao peso da geladeira.

PAI-
Vamos... desvirar o carro.

CORTA PARA

INT. QUARTO- CASA- TARDE
A câmera mostra uma janela num quarto, e do outro lado um galho de árvore. De repente, surge um garoto de 13 anos, com roupas tipo skatista e cabelo preto. Ele está com um skate na mão e entra no quarto pela janela; joga o skate num canto e “entra” dentro da cama, mesmo com boné, e finge estar dormindo. Repentinamente, ouve-se um forte som de batida na porta.

MULHER (em off)-
ALEX!! ALEX!!! Acorda, desgraçado!! Você acha que a vida é só pichar muros, comer e dormir, é?? Levante já dessa maldita cama!

ALEX (garoto)-
Ah, mãe...

A porta se abre de repente, e vê-se que a mulher que estava falando é alta, gorda, com bóbis no cabelos e com um aspirador na mão, ganhando uma aparência ameaçadora.

MÃE DE ALEX-
ACORDE AGORA, ALEX!! Chega de dormir!! Eu quero limpar esse seu quarto imundo!!

ALEX (se vira para o outro lado)-
Ah, mãe, dá um tempo...

MÃE DE ALEX-
Sem essa de “dá um tempo”! AGORA!!

O aspirador suga o lençol que cobria Alex.

MÃE DE ALEX-
Ei... você não dormiu de pijama? E por que o lençol está tão arrumado? Por que a janela está aberta? Você não dormiu em casa de novo, foi??

ALEX (sentado na cama)-
Foi, saco...

MÃE DE ALEX-
Então vai ficar de castigo!! Duas semanas sem sair do quarto!!

A mãe de Alex fecha a porta. Alguns segundos depois ela abre de novo.

MÃE DE ALEX-
Tudo bem, duas semanas sem sair de casa.

ALEX-
Mãe, que saco! Deixa eu viver a minha vida! Larga do meu pé um pouco!

MÃE DE ALEX-
Sem essa de “larga do meu pé”! Quem manda aqui? Você ou eu?

ALEX-
Não interessa quem manda aqui! Interessa a minha opinião!

MÃE DE ALEX-
Não interessa não!!

ALEX-
Não, é? Então eu vou embora dessa casa!!

MÃE DE ALEX (sem dar importância)-
Tudo bem.

ALEX-
Eu vou embora e nunca mais vou voltar.

MÃE DE ALEX-
Você que sabe.

Alex vai até a janela e some da tela. Logo, ele volta para o quarto.

ALEX-
Mas não sem o meu skate.

Alex pega seu skate e sai pela janela novamente.
CORTA PARA

EXT. ESTRADA- TARDE
Um ônibus está andando, e de repente pára. A porta da frente se abre, e Kátia desce dele.

KÁTIA-
Já estou voltando, espere um pouco.

MOTORISTA-
Ah, certo.

Kátia vai andando, e a câmera a segue. A câmera vira-se para a direita e mostra onde Kátia está indo:

“ASILO ESTÁ CHEGANDO A HORA: Agora com antena parabólica”

INT. ASILO- CORREDOR-
Kátia fala com uma mulher mais velha.

MULHER-
Então, moça... você veio aqui por que mesmo?

KÁTIA-
Eu vim aqui pegar o meu avô... eu decidi tira-lo daqui para dá-lo uma... uma vidinha melhor, sabe? É que eu estou indo para Urussanga, vou fazer faculdade de Gastronomia lá.

MULHER-
Ah, certo...

Elas entram numa outra porta.

INT. SALA DE RECREAÇÃO-
A câmera mostra apenas a mulher e Kátia.

MULHER-
Aqui é a sala de recreação, onde todos os velhos ficam a essa hora da tarde. Qual é o seu avô?

KÁTIA (apontando para alguém)-
É aquele ali, de blusa azul-piscina!

A câmera abre e mostra numa panorâmica que todos os velhos e velhas ali estão de blusa azul-piscina.

MULHER-
É? Qual deles?

KÁTIA-
Deixa que eu vou até ele...

Elas se aproximam de uma mesa. Há vários velhinhos segurando cartas de baralho na mão, mas estão imóveis e babando; exceto por um, o único vivo da mesa, careca e usando óculos.

VELHO VIVO-
Ok, Phil, é a sua vez.

Nada acontece, e o velho fica olhando para o que está no seu lado direito.

VELHO-
Vamos, Phil, seu preguiçoso!!

Ele volta a olhar para o velho ao seu lado. Depois olha para os lados, como se visse se alguém estivesse olhando para ele, e olha as cartas do tal Phil. Ele troca as cartas na sua mão com as de Phil, e depois volta para sua posição inicial, como se nada tivesse acontecido. De repente, ele se levanta e ergue os braços.

VELHO-
Baatii!! Bati, consegui! Eu sou o maior jogador de canastra da história!

Kátia e a mulher chegam ao lado do velho.

MULHER-
Ei, vovô... a moça aqui quer falar com você.

Ele pára de comemorar e presta atenção na conversa.

VELHO-
Ah, é...? Quem...?

MULHER-
Ela diz que é sua neta.

KÁTIA-
Vovô, sou eu, sua neta Kátia! Lembra de mim?

VOVÔ (velho)-
Kátia, é?

O Vovô aproxima seu rosto do de Kátia, observando-a.

KÁTIA-
Sim, Kátia Stewart! Filha da Marieta!

VOVÔ-
Ah, filha da Marieta... hã, ok, ok...

MULHER-
Podem conversar à vontade, eu vou trabalhar! (olha para o lado direito) Ei, sr. Antunes!! Não mexa nessa fiação!!

A mulher sai correndo.

VOVÔ-
O que você veio fazer aqui, Marieta?

KÁTIA-
Hã, meu nome é Kátia...

VOVÔ-
É, Kátia, Marieta, tanto faz...

KÁTIA-
Bem, eu vim tirar o senhor desse asilo... vamos nos mudar para Urussanga, num apartamento!

VOVÔ-
Mudar para Urussanga num o quê?

KÁTIA-
A-PAR-TA-MEN-TO!

VOVÔ-
Ah, eu tinha ouvido encanamento...

KÁTIA (segura no braço de Vovô)-
Vamos, Vovô!

O Vovô tira o braço de Kátia.

VOVÔ-
Não! Eu quero ficar aqui e jogar canastra com meus colegas.

KÁTIA-
Mas... eles estão mortos!

VOVÔ-
Mortos? Droga, então foi alguém de fora quem roubou o meu relógio... (para o velho ao seu lado) desculpe, Phil, acusei você injustamente...

KÁTIA-
Então, Vovô! Vamos sair desse asilo imundo e vamos pra um lugar decente!

VOVÔ-
Que lugar decente?

KÁTIA-
É um edifício chamado Gemellaggio, em Urussanga, Vovô... a cidade é próxima daqui...

VOVÔ-
Não, sua nazista!! Se você quiser me tirar daqui, vai ter que me pegar antes!!

Vovô tenta sair correndo, mas sua velocidade assemelha-se à de uma pessoa andando normalmente. Kátia toca o ombro dele.

KÁTIA-
Vamos, Vovô... por favor... faça isso pela sua neta...

VOVÔ-
Ai... ok, mas com uma condição.

KÁTIA-
Claro! Que condição?

VOVÔ-
Que o meu animalzinho de estimação possa ir junto.

KÁTIA-
Claro!

CORTA PARA

INT. ÔNIBUS-
Vê-se um urso sentado na cadeira na parte da janela, e Vovô sentado ao lado dele. Nenhuma pessoa está sentada perto deles, estão todos olhando para Vovô e o urso, amedrontados. Kátia se aproxima.

KÁTIA-
Ahn, Vovô... não tinha outro animalzinho não?

VOVÔ-
Não... você disse que eu podia levar meu animalzinho de estimação e eu estou levando! Deixem o Marcus James em paz, ele é mansinho!

KÁTIA-
Marcus James?

VOVÔ-
É esse o nome dele... em homenagem à minha bebida favorita... vamos logo para Urussanga, então!

CORTA PARA

INT. APTO- 305-
Mon está colocando um computador na sala, enquanto Sidnei o ajuda arrumando o sofá.

SIDNEI-
Então, caro Mon... o que achou do apartamento?

MON-
É... é legal!

SIDNEI-
Sabia que você iria gostar.

MON-
Bom... terminei de montar o computador. Agora vamos ligar pra ver...

SIDNEI-
Você usa o computador para quê, caro Mon?

MON-
É que eu sou publicitário... o trabalho me obrigou a vir morar aqui...

SIDNEI-
Trabalho cruel o seu.

MON-
Hã?

SIDNEI-
Nada não. Então, vai ligar?

MON-
Ah, sim, claro.

Ele aperta num botão na torre do computador e põe o rosto na frente do monitor. De repente, o mesmo explode pelo vidro e a cara de Mon fica totalmente preta. Mon fica imóvel.

MON-
Hã... talvez eu precise trocar o monitor...

CORTA PARA

EXT. CIDADE-
Alex está passando pela calçada em alta velocidade.

ALEX-
E agora, o que eu vou fazer? Eu não vou voltar pra casa! Eu tenho que arranjar um lugar para morar...

Alex passa por uma banca e rouba um jornal, ainda no skate.

JORNALEIRO-
Ei!!

Alex lê o jornal e vai até a parte dos classificados.

ALEX-
Hm, deixa eu ver... ei, essa é uma boa!

A câmera dá um close no classificado visto por Alex.

"Aluga-se o apartamento 305 no Edifício Gemellaggio, na Rua Bariri, por um preço tão acessível que até um participante do No Limite pode pagar. Interessados, tratar pelo fone: 9994-1710 com Sidnei."

ALEX-
Essa é a minha chance!

Alex passa por uma pessoa e rouba um cartão telefônico que ela tinha na mão, depois pára com o skate diante de um orelhão. Ele põe o cartão no aparelho e disca o número indicado, enquanto lê o jornal. Ele fica surpreso com algo e aperta num botão do orelhão.

ALEX-
Ei! “Vanessinha, Loira peituda e gostosa, espera por você 24 horas por dia”! Vou ligar!

Ele olha pro lado, desistindo.

ALEX-
Não... eu tenho que ligar pra esse tal Sidnei...

Alex disca o número.

INT. APTO. 305-
Mon está limpando a cara. Sidnei está na sala. Ouve-se a música “Morango do Nordeste” tocada eletronicamente.

MON-
O que é isso?

SIDNEI (pegando um celular do bolso)-
É só o meu celular.

MON-
Me lembre de não comprar um celular igual ao seu.

SIDNEI (atendendo o telefone)-
Certo... Alô, Sidnei Polaco falando. Hã. Sei. Sei. Sim, ã-hã. Sim, tudo bem. Ok, não se preocupe. Pode vir! Não há problema algum.

MON-
Quem era?

SIDNEI-
Um cliente. Você pode me dar licença? Eu tenho que fazer um negócio urgente.

Sidnei sai correndo do apartamento. Alguns segundos depois, Mon vê ele saindo de carro do prédio.

MON-
Ué, que estranho...

CORTA PARA

EXT. ESTRADA- INÍCIO DA NOITE-
A câmera mostra uma placa dizendo: “BEM-VINDO A URUSSANGA, a terra do bom vinho e do Sadol”. O ônibus onde estão Kátia e Vovô passa pela placa, pode-se ver Kátia lendo a placa pela janela.

INT. ÔNIBUS-
Kátia olha para o lado.

KÁTIA-
Estamos quase chegando, Vovô!

Vovô está dormindo e babando na cadeira ao lado dela.

KÁTIA (olhando para frente)-
Marcus James!! Não ponha a Sra. Hudson pra fora do ônibus!!

CORTA PARA

INT. APTO. 305- NOITE
Mon está em primeiro plano, limpando uma mesa. Em segundo plano, a porta abre-se e aparece Alex, de braços abertos.

ALEX-
CASA, CHEGUEI!

MON-
Hein? Que negócio é esse de “casa, cheguei”?

ALEX-
Eu é que pergunto! O que você está fazendo aqui?

MON-
Aqui é a MINHA casa, pombas!

ALEX-
Sua o caramba!! Essa casa é minha, eu a aluguei com o suor do meu trabalho! (olha para o lado, estranhando) “Trabalho”?

MON-
Cale a boca, garotinho! Aliás, como é o seu nome?

ALEX-
Alex, prazer.

MON-
Eu sou Ramon, mas pode chamar só de Mon.

Eles apertam as mãos, e ficam olhando um para a cara do outro depois.

MON-
Onde estávamos mesmo?

ALEX-
Você me mandou calar a boca.

MON-
Ah, sim! Então, garoto, cale a boca, por que EU aluguei essa casa e já paguei a primeira e a segunda mensalidades!

ALEX-
Pagou? Ah, melhor. Então eu fico aqui por dois meses sem pagar nada.

MON-
Mas... como é?

Alex tira um saco de dormir de trás da bermuda, o abre, põe no chão e começa a dormir.

ALEX-
Me acorde na hora do jantar.

MON-
Ah, tudo bem.

Mon sai da sala e deixa Alex dormindo. De repente, ouve-se o som de alguém mexendo na fechadura da porta.

VOVÔ (em off)-
Mas que diabo de fechadura que não abre!

Alex acorda e senta-se no saco de dormir. Mon entra e abre a porta, Vovô entra.

VOVÔ-
Finalmente. CASA, CHEGUEI!

Vovô, olha Mon e Alex ali.

VOVÔ-
Eu estou vendo coisas ou vocês dois estão na minha casa?

MON e ALEX-
SUA casa?

VOVÔ-
O que vocês estão fazendo aqui?

MON-
Nós moramos aqui.

VOVÔ-
Ah, bom.

Vovô senta-se no sofá e liga a televisão. Passam-se alguns segundos e logo Kátia aparece na porta com algumas malas nas mãos.

KÁTIA-
CASA, CHEGUEI!

MON-
Ah, cala a boca.

KÁTIA-
Hã? Quem são vocês dois?

ALEX-
Nós tamos morando aqui. Você também?

KÁTIA-
Mas... mas como?

MON-
Ué... nós falamos com um corretor de imóveis e... estamos aqui!

ALEX-
Isso mesmo.

KÁTIA-
Mas essa casa foi alugada pelo meu pai para o meu avô e eu morarmos aqui!

VOVÔ-
Ssshhh! Fiquem quietos! Eu estou vendo Disputa Alucinada!

MON-
Ei, espera um pouco... qual o nome do seu corretor de imóveis?

KÁTIA-
Sidnei Polaco.

MON-
E o seu?

ALEX-
Sidnei Polaco. E o seu?

MON-
O meu? Não me lembro... ah, sim! É Sidnei Polaco também!

KÁTIA-
Ahá! Viram só? Esse cara é um sacana!

ALEX-
É! Desgraçado!

KÁTIA-
É, temos que prende-lo!

MON-
Isso mesmo!!... Mas por quê?

ALEX-
Ele armou uma pra cima de nós! Vendeu o mesmo apartamento pros três, e ficou com o dinheiro!

KÁTIA-
Pois é! Vamos pegá-lo, antes que ele faça algo pior a alguém!

Vê-se pela janela Sidnei num carro conversível cheio de mulheres, ele buzina para o prédio.

MON-
Canalha! (grita) VOLTE AQUI SE VOCÊ FOR O CORRETOR DE IMÓVEIS QUE NOS DEU UM GOLPE!!

Mon continua olhando para ele.

KÁTIA-
Não adianta mais... a cagada já está feita... só nos resta arranjar outro lugar para morar...

ALEX-
Onde? Não existe outro lugar para morar nesta cidade! Estão todos ocupados!

MON-
Isso quer dizer que... vamos ter que morar juntos?

KÁTIA-
Acho que é...

MON-
Prazer, eu sou Ramon, mas pode me chamar só de Mon. Esse garoto é o Alex.

KÁTIA-
Prazer, Mon... eu sou Kátia, e aquele é o meu avô... o... ahn, na verdade, ninguém sabe o nome dele...

ALEX-
Não? Então pergunta?

Alex se aproxima de Vovô.

ALEX-
Ei, vovô! Qual o seu nome?

VOVÔ-
O quê? Claro que eu sou homem!

Alex olha para Kátia.

KÁTIA-
É por isso que ninguém sabe o nome dele... mas podem chamá-lo só de Vovô, ele não reclama...

MON-
Bem, então, é isso, não? Vamos ter que conviver juntos durante o resto das nossas vidas...

ALEX-
É isso mesmo...

Todos eles se juntam e um abraça o outro, olhando para a câmera, e dando tchauzinhos para ela.

TODOS-
Até a próxima, pessoal!!

Fim!

ROTEIRO
Danilo “Doc Lee” Anastácio
Luiz Gustavo Cittadin

DIREÇÃO
Danilo “Doc Lee” Anastácio

PRODUÇÃO
Sem Nome Entertainment©

LOGOTIPO “APARTAMENTO 305” CRIADO POR
Danilo “Doc Lee” Anastácio

WEBMASTER
Danilo “Doc Lee” Anastácio

“APARTAMENTO 305” CRIADO POR
Danilo “Doc Lee” Anastácio
Luiz Gustavo Cittadin

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